Como Tom Brady desenvolveu sua inabalável força mental

O melhor jogador da temporada de 2017 do Super Bowl não apenas deu como retorno a maior vitória da história, como ainda foi “radical”, calmo e confiante.

Na noite de domingo, quando foi disputada a final do campeonato, com menos de três minutos para o fim do jogo e com sua equipe perdendo de 28 a 20, Brady liderou um épico touchdown de 91 jardas, tamanha façanha já é considerada uma das mais surpreendentes da história da liga de futebol americano.

Após assistir Tom Brady e o New Portland Patriots arrancarem a mais improvável virada da história dos esportes, todos nós temos que concordar com algumas coisas:

  • A final do Super Bowl LI (2017) é a maior vitória por virada já acontecida e, ainda, aconteceu na melhor e maior temporada já jogada.
  • Tom Brady é maior quarterback da história do futebol americano.
  • A atitude mental desse jogador é talvez a melhor do que a de qualquer outro atleta profissional.

Adequadamente, Brady foi considerado o MVP (jogador mais valioso) do Super Bowl, o que representou um quarto recorde em sua carreira. E ele já foi campeão 5 vezes desse campeonato, mais do que qualquer outro quarterback da história.

Levando os Patriots a um momento histórico, Brad credita a sua vencedora força mental e a de sua equipe como o fator determinante.

“Nós ganhamos de muitas maneiras diferentes e sob muitas diferentes circunstâncias, essa força mental e essa mentalidade vencedora, cara, é isso o que temos, é disso que estamos falando”, disse ele.

Em sua conta no Instagram, recentemente criada à época, Brady destacou uma notável passagem de um clássico best-seller que, surpreendentemente, fala sobre outro esporte, o tênis.

O livro de W. Thimothy Gallwey, O Jogo Interior do Tênis: o guia clássico para o lado mental de excelência, tornou-se um fenômeno quando foi publicado em 1972, principalmente por sua abordagem revolucionária na superação da auto-dúvida, nervosismo e lapsos de concentração que podem impedir um jogador de vencer.

Tim Gallwey escreveu assim:

“Todo jogo é composto por duas partes, um jogo exterior e um jogo interior. O primeiro é jogado contra seus adversários e nele muitos conselhos contraditórios e anti-produtivos aparecem. O último é jogado dentro da mente de cada jogador e os seus principais obstáculos são a ansiedade e dúvida sobre a sua capacidade de vencer.”

O homem é um ser pensante, mas os seus melhores feitos acontecem quando ele não está calculando ou pensando. É preciso recuperar a leveza da diversão infantil… Talvez seja por isso que se diz que as grandes poesias nasçam no silêncio. Dizem que as grandes composições musicais e as obras de arte surgem de nosso interior quando estamos em silêncio profundo e as verdadeiras manifestações de amor vêm de um fonte que está debaixo dos pensamentos e das palavras. Assim também é nos maiores feitos esportivos e da vida, eles acontecem quando a mente está tão quieta quanto um lago de vidro. (trecho do livro que foi postado por Tom Brady na sua conta do Instagram)

Após a partida, Danny Amendola, recebedor do Patriots, resumiu a façanha de Brady assim: “Ele foi o que sempre costuma ser – “radical”, calmo e confiante”.*

O jogo interior também está comigo

Eu e Timothy Gallwey

Eu e Timothy Gallwey

Foto tirada, em 2015, quando tive a oportunidade de aprender diretamente com o mestre Tim Gallwey que é considerado o Pai do Coaching contemporâneo. Através do seu método aumentou o desempenho das pessoas não só nos esportes como também nas empresas, as quais representam a maior parte da minha atuação profissional. O que aprendi com ele, especialmente a filosofia por trás da teoria, continua até hoje contribuindo para ajudar os meus clientes em suas demandas.

Aprendendo na prática
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Essa foi tirada um pouco antes de eu viver o privilégio que tive de aprender mais sobre Coaching e o Jogo Interior na prática, jogando tênis com o Mestre. Foi uma experiência inesquecível que lamentavelmente não foi registrada em imagem, mas certamente está registrada dentro de mim. Foi também uma confirmação vivida de tudo aquilo que estudava na teoria para escrever o trabalho de conclusão de uma pós-graduação em psicoterapia que fazia naquela época.

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